Marvel! Eu já assisti esse filme


No último dia 28 estreou Capitão América - Guerra Civil, a expectativa em torno desse filme era muito grande, ainda mais depois de Batman vs Superman, e todo o clima de comparação entre as produções. A Marvel não decepcionou e lançou um bom filme. Seguiu a receita começada em 2008, com "Homem de Ferro", atendendo aos anseios dos "fanboys". Contudo, se perdeu em meio ao enredo das HQs, e a covardia de não ousar. O filme tem seus pontos alto, tem suas piadas acertadas, tem o drama na medida certa, e tem personagens novos, nada que você já não tenha assistido em outro filme do estúdio.

Filmes da Marvel, são para os adolescentes de 18, o que "Os Goonies" (1985) eram para mim, divertidos, bem amarrados e com uma história plausível, não complicado, um verdadeiro clássico da "Sessão da Tarde", e só! Aqui começa o problema. Estamos falando de um dos universos mais complexos dos quadrinhos, que no cinema está repetido exaustivamente a mesma problemática. Todos os filmes falam da mesma coisa, discutem as mesmas histórias, e acrescentam o fator herói novo. Dessa vez, tivemos, Pantera Negra e Homem Aranha, que nesse filme serviu de alívio cômico, com uma apresentação muita próxima a do Mercúrio em "X-Men – Dias de um futuro esquecido" (2014), só que nada muito elaborado, só para "encher linguiça" mesmo, mas sobre esse personagem vou discutir em um próximo texto. Já o Rei T'challa de Wakanda, foi a grande surpresa, a atuação do ator Chadwick Boseman ofereceu o peso e dramaticidade necessária para o herói nessa sua primeira aparição no universo cinematográfico da Marvel. Não dá para afirmar se o ator e o personagem sustentam um filme solo, mas com certeza o público já foi fisgado. E apenas isso já garante um fim de semana lucrativo (blockbuster né!). 

Voltando a falar do filme, ao sair da sala de cinema, no dia da pré-estreia, o entusiasmo era grande, as cenas empolgaram estavam reverberando na cabeça, os novos heróis ainda eram o assunto, e as confabulações a respeito do futuro do MCU rendiam teorias interessantes. Entretanto, 40 minutos depois, já tinha passado, e mais uma vez me senti enganado. Esperava ousadia, e não falo de uma cena ou outra, mas sim, um roteiro que ampliasse o universo Marvel dos cinemas. A casa das ideias tem todo um paralelo de histórias sendo contadas na TV, filmes em produção confirmada, mas preferiu contar uma linda história de amigos. Soldado Invernal, o sem memória, Capitão América o bom moço, e Homem de Ferro, o menino rico sem amigos, esse triângulo fraternal ditou o tom do filme. Se por um lado amarraram bem o enredo do FILME (entendeu), tivemos uma guerra "civilzinha" por que não se tratava das pessoas prejudicadas, com as ações dos vingadores. Fora três cenas dentro do filme que juntaram as realidades do "cidadão comum" e o super-herói. O fator vítimas foi esquecido, por uma cansativa e maneirista forma de conta tudo. 

Era uma busca incessante entre quem tinha razão: O Homem de Ferro, tentando provar que é o líder, e o Capitão América de provar que era o libertador. O objetivo de ambos, os vingadores. Esqueça o resto das pessoas no mundo, tudo se resumia ao grupo. As consequências dos erros durante as missões, ficavam contidas dentro dos diálogos dos heróis, deixando para o espectador imaginar como o todos no planeta estavam reagindo as destruições e falta de controle dos estado sobre os vingadores. E ai entra uma outra discussão, a já mencionada covardia. Um tema que será melhor debatido em outro texto. Por hora, fica a dica de um bom filme, mas nada que produzirá incômodo. Apenas uma distração de pouco mais de 2 horas. 


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