X – Men: Apocalipse – O terceiro filme, sempre é o pior?


Chegamos ao ápice da nova trilogia dos X-Men nos cinemas. O problema é que repete o erros cometidos em X-Men 3 – O Confronto Final (2006) Exageros, destruições desmedidas, e um vilão tão megalomaníaco que no fim, apenas uma solução fácil e estupida é adotada para encerrar todos os eventos. Apocalipse tem um viés interessante, o fator religião. A insistente vontade do mutante em dominar o mundo e erradicar os mais fracos, pode ser clichê mas, serve para distanciar os humanos daquele mundo extraordinário. Sim! Apenas pano fundo, essa é a condição das "pessoas não mutantes" no filme. 

En Sabah Nur, subjuga as outras pessoas por se considerar a própria encarnação do divino. Essa informação se apoia claramente no discurso evolucionário de Darwin que está inserida no âmago dos personagens e a religiosidade inerente a figura de Apocalipse. Se pensarmos que o vilão nasceu dentro de uma sociedade primitiva, qualquer forma de evolução ou manifestação meta-humana, seria entendida como graça divina. Colocando num altar qualquer individuo que manifestasse "poder". 

Conversa com a historia de muitas civilizações antigas que idolatravam figuras ditadoras por considera-las extensões dos deuses que as protegiam. Interessante! Contudo, pouco para sustentar uma confusão de recortes e sub-enredos que não se explicam no contexto do filme. Temos a cena do Wolverine, uma bela homenagem ao personagem (melhor momento para mim) que trouxe um tom "cartunesco" para a película. Jean Grey e todo mistério sobre a Fênix Negra sugerindo um caminho para o futuro dos mutantes no cinema. Porém repete a formula do filme de 2006 (espero que não). 

Mística e Magneto, que não passam nem perto de suas versões vilanescas dos quadrinhos. São na verdade anti-heróis disfarçados de heróis. Uma pena, já que ambos têm duas das mitologias mais interessantes dos X-Men. Noturno, Ciclope, Tempestade, são apresentados de forma descente, não vou entrar na contenda de falar que não segue o cânone, isso a FOX e Brian Singer esqueceram lá no ano 2000. Contudo, agrada! Podemos enxergar nesses heróis uma equipe coesa de mutantes, que pode finalmente apresentar aquela dinâmica de equipe. Fera é uma história a parte, em nenhum dos filmes o personagem se encaixou de fato, a tentativa de um romance com Raven, só ficou na vontade dos produtores. A culpa não é do ator, seu personagem foi o único mutantes discriminado durante todos as três produções. Primeiro o bobão da turma, depois animal de estimação do Xavier, e agora, escada para a nova equipe. 

Por outro lado, de ruim temos: O Anjo ou Arcanjo, Psylocke e Jubileu, foi muito bom saber que existem nessa cronologia. Agora qual a finalidade deles para os filmes, só esperar para ver. Não me parece promissora, por que provavelmente teremos Vampira, Gambit, X-23 e tantos outros mutantes mais interessantes no futuro da franquia. 

Dentro desse terceiro filme, tivemos também a aguardada participação de Mercúrio, foi interessante, deixou clara a ligação com Magneto, que dentro dos filmes da FOX é seu pai (nos quadrinhos também rs) e fez piada. Confesso que esperei por Wanda (Feiticeira Escarlate), para trazer o tom mais dramático para o filme. A maior qualidade de X-Men: Apocalipse, é inserir o fator sobrenatural na série, por meio claro do vilão. Fora isso, e tudo que já mencionei, infelizmente podemos resumir esse filme sem oferecer "spoliers": Uma grande batalha, para empurrar (sim) uma leva do velho "mais do mesmo", mudando uns detalhes ali e outros aqui. Talvez de veracidade aos fatos, quando forem contados nas futuras continuações, uma semente plantada para aproximar os polos de realidades: O telespectador e os personagens na tela. 


Share:

0 comentários