Não duvida de mim


— Você tá com medo?
— Do filme?
— É.
— Bem, não.
— Tá apertando minha mão.
— Não gosto de filmes de terror, Maggie.
— Eu também não.
— Então porque estamos assistindo à isso?
— Você disse que assim eu ia chegar mais perto de você.
— Disse?
— Disse.
— Quando?
— Quando me ligou bêbado ontem a noite, dizendo que não conseguiu pegar nenhuma gostosa porque não parava de pensar em mim.
— Eu o quê?!
— Pois é.
— Não é verdade isso.
— Aposta?
— Tá apostando comigo?
— Tô, Slutt.
— Ok, se eu ganhar você vai ter que fazer um strip tease.
— E se eu ganhar, te prendo.
— Cadê?
— Aqui.
Slutt: “Porra, sua filha da mãe desgraçada gostosa, eu odeio você… Eu amo você, Mag. Eu não consigo ficar com nenhuma vadia desse lugar porque só penso em ti. Quero tu amanhã, na minha casa, as 19:00h, já peguei o filme e é de terror, pra ver se tu gruda em mim e não desgruda… Mag, você consegue ser mais gostosa que todas elas juntas.”

— Não.
— Sim.

— ...
— Tá amarrando muito forte.
— É pra você não escapar.
— Morder é covardia.
— Duvidar também.
— Quero te tocar.
— Não.
— Quero sexo.
— Quer?
— Sim.
— Faça por merecer.
— Me solta e eu faço.
— Merda… Pronto.
— Agora quem tá presa é você.
— E vai fazer o que?

— Tudo.

Contos de um casal fora dos padrões

Share:

0 comentários