As diferenças nos dará sentido
"Ela é a mocinha do condomínio, e eu sou o perrapado da favela." Não é assim, mas é como se fosse, nossos mundos são tão opostos que por mais que eu quisesse estou distante da sua realidade. Como na música de Renato Russo estaria nas aulinhas de inglês enquanto você provavelmente já seria poliglota. Enquanto penso em voar de avião, você já saltou de Bungee Jumping, basicamente está sempre um passo a frente. E com todo meu atraso, não consigo te acompanhar.
Quando olho para o seu rosto queria crer no possível, mas fico pensando nas palavras antes mesmo de dizê-las por medo de cometer algum erro infame, e colocar tudo por água a baixo. Então como poderia dar certo? Quais são as chances de fazer com que essas diferenças nos una, e que no fim você me mostre o que já conhece, e que de certa forma eu te apresente meu mundo tão distante do teu.
Talvez devesse apenas parar com a minha mania de te achar muito, mas como não achar? Como dizer para mim que dessa vez vai dar certo, mesmo com todas as vezes que tudo deu errado. Tomo-me pelo desanimo, e isso me impede de acreditar que o nós é possível, que vou ser suficiente para você, mas que vou ser eu como sempre fui desde o começo.
E tenho dito, e apesar de dizer aqui estou para conhecer os riscos, para ir ao condomínio te buscar, e dizer que era mesmo para a gente se encontrar, e que tenho medo, mas que a vontade de te ter é maior do que tudo isso. Por que mesmo que nos encontramos pelo acaso, que seja, agora não vou te deixar ir embora, e essa é minha única certeza.
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