Obrigada por me fazer sentir
Hoje eu voltei a sentir meu coração bater por alguém de novo. Pois bem, estou sentindo algo, mas a paixão ainda não ousou me pegar como no pagode. E nem vai. A sensação do sentimento é tão boa, por saber que, no fim, eu não sou tão fria assim. O sentimento não é recíproco, claro, porque para ser eu deveria não ter atitudes das quais eu tenho, mas porra!, eu sinto novamente!
Sinto algo aqui dentro, sinto que ainda sou capaz de amar alguém - talvez -, e sentir de verdade. Sei que não sou o monstro enrustido que eu pensava ser e que toda a casca formada por fora de mim, é capaz de se quebrar. Eu posso sentir algo bom sem necessariamente sentir dor por não ser recíproco. Reciprocidade é coisa de paixão, de amor, não de algo que nem nome tem, mas que faz um bem danado ao coração.
Me entende? Eu, que pensei que seria incompleta, que pensei não ser capaz de amar ou acreditar em amor, finalmente conheci um cafajeste que me fez chorar. Não por raiva, por mágoa ou qualquer coisa, mas por me fazer ver que eu ainda consigo sentir coisas boas por alguém que se aproxime de um gostar. Um cafajeste que eu idealizei como a imperfeição do meu querer, e que jamais será meu no ato, mas que eu não me importo nem um pouco. Um cafajeste que de cafajeste não tem nada, porque no fundo ele é mais incrível do que eu ousei pensar. E eu o julguei tanto, sem ao mínimo saber que por trás daquele vadio, existia um homem que ainda não se descobriu que pode encantar sem ao menos fazer o menor esforço.
Sabe como é bom se descobrir? Sabe como é incrível ter a certeza que você não é a bruxa má e que talvez não acabe sozinha com mais 27 gatos em um apartamento minúsculo. Eu não preciso da reciprocidade de ninguém, porque, assim como eu sei que sinto algo pelo cafajeste, eu sei que me amo. E meu amor, meu bem, me completa.
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