Precisamos conversar sobre seu medo de amar


Por muitas e muitas vezes eu já sentei em frente à um computador, um celular, uma folha e fiquei pensando como conseguir jogar tudo que tem dentro de mim pra fora e transformar em algo, sendo que eu nem consigo saber se eu sei transformar isso tudo em amor. Há muito tempo eu venho pensando nesse meu medo significativo e desesperador de amar alguém, de sentir ou pensar em qualquer coisa que tenha relação com sentimentos. Eu sinto pavor disso!

Criei minha auto destruição, mas o que eu posso fazer se o medo me impõe a algo maior? Hoje eu vejo que conheci muitas pessoas as quais queriam mesmo e insistiram muito em me amar, me dar carinho, me dar paz e sossego. Ser alguém comigo, e percebo que fugi de tudo isso por mero medo de me deixar entregar à alguém. O pior é que sei que isso não atinge só a mim, mas todos que estão ao meu redor e sabem do meu desespero em querer alguém comigo e não saber deixar alguém me querer. É perturbador!

Vivo nesse impasse de me apaixonar toda vez que conheço um homem maravilhoso e, dois dias depois me acho na ilusão de uma paixão platônica que nunca existiu e um amor que não havia nem vestígios. Resumindo: eu espantei o cara porque achei que estava apaixonada e fui com sede ao pote onde só havia pimenta. Pois é, cômico se não fosse trágico. Mas isso se repete cada vez mais.

Tenho um grande problema em conhecer pessoas fascinantes mas que não mexem com meu coração, porém, àquelas que sei que não vão para lugar algum me deixam toda mole e perdida, com uma saudade dos infernos de conversar todo dia. Tenho ou não tenho dedo podre pra relacionamentos? A questão é que sim, até nesses podres eu sinto medo. Medo de ser a pessoa que sou: direta, confiante demais e ao mesmo tempo sem confiança alguma, decisiva, cara de pau e sincera. Eu não sei fazer joguinhos. Diacho!

Em resumo, não sirvo pra relacionamentos e não importa se eu chore todo dia por sentir falta de um, eu sei e estou bem ciente que isso não vai acontecer e, caso aconteça, será num tardar. 

Não é pessimismo, é realismo.

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