Hoje, eu lido muito bem com sua ausência


Caraca, foi difícil chegar onde cheguei. Conseguir trilhar os caminhos que criei pra sair do labirinto que era amar você. Na verdade, foi difícil conseguir subir cada degrau, depois que você me jogou lá de cima com suas palavras de ingratidão e sua hipocrisia.
Não. Não vim pra dizer o quanto você foi ruim comigo, pelo contrário, vim pra dizer que hoje, depois de quase um ano, eu ando lidando muito bem com a saudade e a sua ausência. Não vou mentir que sinto saudade; sinto, mas não me corrói mais e nem machuca. Não mesmo. A sua ausência já não me deixa em claro durante noites e não me faz olhar sua foto do Whatsapp a cada dois minutos. Aquela necessidade de falar com você todo o tempo já não existe mais e a dor de pensar em te perder foi embora junto com você.
Não pense que eu vou ficar preocupada se você ler ou não esse texto, porque pra ser sincera, de você não espero mais nada, nem um cumprimento. Pra falar a real, eu digo isso, nesse texto, pra mim mesma e pra tantas outras pessoas que se martirizaram por pensarem que não ia ter volta, que ia doer pra sempre e que a dor da falta nunca ia passar. Mentira. Ô se passa. Escrevo pra jogar na sua cara e na de todos que acham que o amor é jogo perdido, que não vale a pena jogar e até mesmo quebrar algumas regras.
Nunca precisei de você pra ser feliz antes e não vou precisar agora. Sua ausência já nem me faz cócegas.
Meu querido, você já nem sabe mais como estou, se me machuquei em algum acidente ou se tenho entrado em uma nova faculdade. Nossos domingos obrigatórios de jantar ou cineminha parece que nunca existiram depois de todo esse tempo, porque o meu esforço pra apagar você do meu coração foi além. Não apaguei as memórias boas e as lembranças legais, muito menos esqueci o sexo e as noites sem dormir ao seu lado, fazendo o que a gente mais mandava bem em fazer, só deixei que a brisa do mar levasse, igual poeira.
Gabriela Cadamuro - Cranela.

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