Ele poderia ser branco


 Depois que a estúdio Fox anunciou um novo filme da franquia “Quarteto Fantástico” essa frase se tornou recorrente em fóruns “nerds”, site especializados em “cômics”, cinema e cultura pop de forma geral. O motivo a escolha do interprete do Tocha Humana. Michael B. Jordan (Chronicle – 2012) foi o escolhido para o papel de um dos heróis mais icônicos da Marvel. A casa das ideias não se posicionou de forma clara sobre o assunto, porém, recentemente explodiu o elenco do filme em umas de suas publicações.  Também anuncio o cancelamento dos quadrinhos da equipe em 2015. Resposta as diversas modificações na origem dos personagens feita pela Fox no próximo filme? Bom! Algumas pessoas afirmam que seria apenas para não gerar marketing para a produção. No entanto, o que mais causou revolta em fã foi o fato de Jordan ser negro.                      
Muitos alegam que o preconceito está em quem procura. Que não existe coerência ao afirmar o racismo. Contudo, esse tipo de reação negativa já foi observado nos quadrinhos do Homem Aranha, quando Miles Morales assumiu o posto no lugar de Peter Parker e recentemente a mesma reação foi notada com a mudança racial do Capitão América. Em comum a alteração feita pela Fox, todos são negros.
Claro, nunca podemos generalizar, nem tomar essa atitude como sendo da maioria. Porém, o que deveria ser entendido como um avança nos quadrinhos é por muitos, colocado como forma de prejudicar o herói. Como assim? Eu sempre me pergunto quando estou lendo as besteiras que colocam em fóruns, comentários de site, como existem pessoas solitárias no mundo. Por que somente um “carentão” e apegado ao personagem criado por outra pessoa para se dar o trabalho de xingar por esse motivo, ou qualquer outra coisa banal relacionada a quadrinhos. Estamos discutimos racismo, puro e simples. Assim como o machismo impregna as páginas de Hqs, o preconceito social e racial sempre esteve no âmago das publicações. Stan Lee, já afirmou que Magneto, um dos vilões mais aclamados de X-Men, representa a luta contra preconceito.

Contudo, o que para o autor é argumento para tentar discutir o problema, afim de combate-lo para outros é besteira. Tocha Humana tem que ser loiro, alto e mulherengo, tem que representar o que para muitos é um ideal de perfeição e todas essas inseguranças de macho (ui). Todavia, se pensarmos bem, talvez seja esse o problema para os fanáticos e solitários, um negro sendo melhor que eles. A discussão é longa, o assunto recorrente e o filme ainda nem foi lançado. Tudo aponta para um fracasso de bilheteria, afinal de contas o ódio já existe. Basta saber agora se é pelo filme, ou pelo negro nele? 

COLUNISTA, EMIR BEZERRA

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