Feliz aniversário, Mag
Hoje é o aniversário dela. Alguns aninhos de pura gostosura e beleza. Pensa comigo se não é! Ontem liguei pra ela onze e meia da noite, nós dois morrendo de sono e ela mandando eu ir dormir daquele jeito super meigo.
Não fui. Eu queria ser o primeiro a dar os parabéns para ela, ser a primeira pessoa a encher ela de mimo. E ai, quando deu meio noite eu comecei a gritar:
- PARABÉNS MAG! MAG, MAG, MAGGGGGGG! PARABÉNS GORDINHA, PARABÉNS CACHACEIRA, PARABÉNS MAROMBA, VAI MOOOOOONXXXTRO! - ela não sabia se ria ou chorava.
- Era para isso que você queria esperar? Você é um idiota total Slutt!
- Por isso que você me ama, querida!
Ela caiu na gargalhada e eu só fiquei ouvindo, esperando ela falar sobre meus parabéns super fofo e meigo, coisa que eu sou sempre. Mas ela dormiu.
O que eu podia fazer? Tive que deixar a donzela. No dia seguinte faria uma surpresa pra ela, valeria a pena deixar ela dormir sem se despedir.
Acordei cedo para preparar a surpresa de Mag. Fiz tudo o que eu tinha planejado, arrumei o cenário e fui buscá-la para levá-la ao trabalho. Ela entrou emburrada no carro, com a cara amassada e com os olhos inchados.
- Por que você tá brava, mocinha?
- Estou com sono, cara, me deixa.
Tentei não me estressar com ela naquele dia, não podia estragar tudo, então deixei ela ficar estressada sozinha. Minhas tentativas de animá-la durante todo o dia não foram em vão. Chegou uma hora que ela me mandou para Marte porque lá eu estava com minha família: os ET's.
- Você é delicada que nem cavalo.
- Eu sou uma princesa, Slutt. Me respeite mais.
- Está bem rainha do mundo, vou te buscar, posso?
- O.k. - e desligou! A VACA DESLIGOU SEM ME DAR TCHAU.
Parei na frente do trabalho dela e fiquei esperando, ela entrou no carro e me deu um selinho generoso. Eu sorri e a levei para casa. Estava tudo escuro lá dentro e ela começou a brigar porque não deixei a luz da cozinha acesa.
- Você não entende, isso chama a atenção de bandido, cara! Se nossa casa for roubada, eu juro que te roubo a vida também. - fiz o maior esforço para não rir.
Mag destrancou a porta e viu um rastro de pegadas luminosas brilhando no chão. Seus passos acompanharam as pegadas que paravam perto da geladeira. Uma caixinha florescente brilhava em rosa com a palavra "MAG". No escuro ela desembrulhou a caixa e um cupcake de limão apareceu. Ela começou a rir e colocou o bolinho na mesa.
Continuou seguindo as pegadas que iam em direção à sala. As próximas pegadas paravam perto da TV, onde uma caixinha florescente azul brilhava com a palavra "EU", ela abriu e tirou o DVD de "500 dias com ela". Sua gargalhada se misturou com o nariz com coriza por causa do choro.
As próximas pegadas davam no banheiro, onde uma caixa amarela florescente à aguardava. Esta continha duas escovas de dente, um xampu masculino e um feminino e a palavra "TE". Dessa vez ela limpou os olhos, respirou fundo e seguiu para o quarto, onde o rastro de pegadas acabavam.
A caixa roxa e verde estava em cima da cama. Brilhava mais forte que todas e era enrolada por pisca-pisca branco. A palavra "AMO" estava estampada em tamanho bem considerável em cima da caixa. Ela abriu com um cuidado excepcional e percebeu uma pequena caixinha preta, minúscula perto da imensidão da caixa.
- Acende a luz - sussurrou.
Fiz o que ela pediu e a vi chorando e tentando respirar. Seus dedos delicados abriram a caixinha e ela precisou sentar na cama para não cair. Levou a mão na boca e o choro aumentou.
- Feliz aniversário, princesa - a aliança brilhava forte - Quer namorar comigo?
Ela pulou no meu braço jogando tudo pro alto. Sorte que as alianças caíram na cama. Seus braços meu apertaram tão gostoso que eu não pude resistir e a beijei intensamente.
- Sim! - sussurrou.
Contos de um casal fora dos padrões
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