Meu primeiro caso
Saímos do nosso puxadinho, felizes, parecia que tudo estava se encaixando perfeitamente, as pessoas, lugares bem bonitos, eu e você, juntos. Fomos de carro até o restaurante no norte da cidade, encontramos Marcos e Alice, nossos novos amigos. Conversa vai e conversa vem, bebemos muito uísque, ou seja, saímos bêbados e foi um ajudando o outro, carregando e escorando.
Chegamos até o carro e chamamos o casal do ano para irmos em casa para beber mais um pouco, fumar, os dois também curtiam fumar um bom baseado. Logo chegando em casa, estacionei e ouvi barulhos de tiro vindo da casa onde estávamos hospedados. Entrei em choque, pensei “tiros?! Como assim? Quem será?”, minha adrenalina veio a mil, minha respiração estava bem ofegante.
Olhei pra trás, todos que estavam comigo, estavam com cara de desespero e susto por que eram tiros e não foi apenas um, para ajudar minha arma ficou na mala, eu estava de férias, por que eu iria sair armado? Ou, quem iria imaginar que poderia haver um maníaco na cidade? Marcos quis ir embora, entrou desesperado no carro junto a Alice. Marcia, ficou ali do meu lado, sabia que eu era capacitado para esse tipo de situação por mais novato que eu seja na policia, se manteve um pouco mais confiante.
Estava tudo muito quieto, não ouvia barulho de pessoas conversando, nada, entrei mais em choque ainda pois ali antes de sairmos haviam pessoas passando o tempo todo pelos corredores do puxadinho, peguei meu celular e liguei para a polícia, disseram que em 10 minutos estavam chegando. Que bosta, 10 minutos? Eu preciso dar um jeito nisso, preciso saber se ainda há pessoas vivas lá dentro e nisso eu fui entrando, bem devagar e ao chegar na recepção, vi um corpo num canto da parede com 4 tiros no peito.
Porra! 4 tiros no peito, que merda é essa? Chequei para ver se havia pulsação e nada. Morto. Meu quarto era uns 300 metros da recepção, estava perto e eu precisava ir até a minha mala pegar a merda da pistola e não entendia o que estava acontecendo. Marcia ficou na recepção com Marcos e Alice, esperando a polícia chegar e enquanto isso, eu fui indo até o meu quarto. Não havia barulho nenhum , nada, silêncio total e esse silêncio arrepia, me deixa incomodado.
Cheguei até o quarto, peguei a arma e chequei as coisas, estavam todas lá ainda, o quarto estava intacto, do jeito que deixamos e isso me deixou mais confuso, por que no corredor não havia nada que pudesse servir de pista ou rastro, tudo normal também. Ouvi mais tiros e gritos nos fundos do puxadinho, saquei a arma e fui correndo, passando de quarto em quarto para ver se sobrou alguém.
No quarto 450, ao abrir a porta me deparei com uma cena muito forte, 3 pessoas com vários tiros pelo corpo, quem teria coragem de fazer isso? Uma chacina em plenas férias? Ótimo. Procurei documentos dessas pessoas, uma se chama Emili Clarck, tinha 34 anos, o outro Tom Thomas, 41, Oscar Miller de 52, todos mortos.
Texto enviado pelo leitor João Pedro Sanches
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