O meu primeiro beijo
Eu estava sentada na praça que ficava próximo ao colégio onde eu havia estudado. Combinei com Slutt de me encontrar lá porque precisava acertar umas questões pendentes com ele, do tipo: quem era aquela vadia que você estava abraçado naquela foto e... onde você foi? Se eu era ciumenta? Não, claro que não.
Vi Slutt no fim da rua conversando com um cara alto que não consegui identificar quem era, apesar de sentir uma grande sensação de que o conhecia. Slutt veio em minha direção bufando e tentando não mostrar que bufava. Não era cansaço, algo havia o aborrecido.
— Para você. — ele me entregou um bilhetinho em forma de coração.
— O que é isso? — peguei-o.
— Leia. — seu sorriso era de ódio e isso estava nítido.
“Não consigo parar de te olhar. Acho que eu estou apaixonado, o chato é esse seu grude, ai. Esse tal de Slutt. Me encontre daqui 10 minutos atrás do colégio. Quero te ver. Ass: Lembra do teu primeiro beijo?”
— Não creio! — fiquei olhando chocada pro bilhete, enquanto meus olhos se arregalavam e minha boca se abrir no "O" desesperador.
— Quem é teu primeiro beijo? — ele cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha
— Você leu? — indaguei e ele deu de ombros.
— Você me pertence, tudo que vai para você passa para eu inspecionar antes.
— E mesmo assim me entregou? — isso era novidade.
— Não escondo nada de você. Se quiser ir vai. - sentou no banco e emburrou, de vez!
— Hm.. — analisei o bilhete. Eu odiava aquele cara e sempre irei odiar pelo simples motivo d'ele ter destruído minha vida de todas as formas imagináveis.
— É teu primeiro namorado? — rastejou a bunda até o meu lado e pegou o bilhete da minha mão, rasgando-o.
— Bem, de certa forma, sim.
— Então vai.
— Não!
— Ele está vindo aqui. — Slutt apontou para minha direita e o temido ex-primeiro namorado estava sorrindo pra mim, caminhando até nós sem se incomodar com a presença de Slutt.
— Não, não, não. — coloquei as mãos na cabeça, só tinha uma solução.
Olhei pro Slutt e sorri.
— O que você vai fazer?
— O que você tanto gosta. — ele sorriu e eu nem me mexi. Nem fiz nada.
Ele me beijou e sussurrou entre o beijo.
— Ele foi embora, mas sabe de uma coisa? Seu beijo é muito bom pra eu parar. — e continuou.“
Contos de um casal fora dos padrões (adaptado)
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