O amor é exigente


Por mais que o amor seja um sentimento nobre, ele exige de nós transformação e mudança, e eu sei que esse processo é doloroso. O amor é como se mudar para um emprego novo, você vai aos poucos conhecendo a empresa, aos poucos vai criando laços, aos poucos vai entendendo o que deve fazer e o que não deve. Errar será inevitável, assim como desagradar ou desapontar alguém. Mesmo que suas intenções sejam as melhores, acredite. É preciso tempo, é preciso muito dialogo - muito - para entender um ao outro.

Mas aos poucos tudo vai se encaixando até se encontrar a harmonia perfeita, assim como numa música, um músico por mais excelente e brilhante que seja não alcança a perfeição na primeira nota, no primeiro acorde, no primeiro ensaio. São dias, horas, semanas e até meses se aperfeiçoando. Às vezes para o maestro a nota em que ele não alcança ou não erra é considerada "fácil" ao seu ver. Mas entendendo o limite e a dificuldade do outro a paciência procura falar mais alto, e juntos chegarem a perfeição daquela música, de tal forma que superem as dificuldades. Se o Maestro o desencorajar, ele provavelmente vai desanimar e não vai ver motivos para continuar. Da mesma forma em um relacionamento, tudo é novo, são sentimentos novos, são pessoas diferentes, são sonhos e planos diferentes que se cruzam. É preciso tempo para moldar isso. Assim como o músico e o Maestro é preciso compreensão e paciência, o que pode não ser errado pra um pode ser para o outro, o que pode ser fácil mudar para um é difícil para o outro. A chave do sucesso desse processo é a paciência e muito mais muito amor. Ser generoso um com o outro, saber como responder, respeitar os limites do outro. O amor não nos pede nada em troca, mas ele exige muito de nós. Exige mudança, paciência, exige fé, exige conquista. É preciso saber conquistar a outra pessoa com a melhor versão de nós mesmos.


THAMILLY ROZENDO, COLUNISTA

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