Saiba mais sobre: Medo, Fobia e Pânico.


Olá Cranela, acredito que em algum momento da sua vida, você já tenha lido ou escutado a palavra fobia. A definição nos dicionários para fobia é: ‘’Nome genérico das várias espécies de medo mórbido. Aversão extrema. ’’ É uma definição simplista, mas que explica já um bocado sobre o tema em questão. Atualmente o número de fobias está cada vez maior, contudo o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) coloca as fobias em cinco categorias, e de forma bem didática. Aqui estão elas:

 Animais (aranhas, cobras, sapos, etc.)

 Aspectos do ambiente natural (trovoadas, terremotos, etc.)

 Sangue, injeções ou feridas.

 Situações (alturas, andar de avião, andar de elevador, ficar em lugares confinados, 

 Outros tipos (medo de vomitar, contrair uma doença, etc.)

Mas, você deve estar se perguntando por que escolhi esse tema em questão para falar hoje, e é bem simples: o tema é pouco compreendido. Sim, visto que muitos indivíduos não conseguem fazer uma definição clara entre medo, fobia e pânico. Para tanto é necessário estabelecer essa diferença. 

Para iniciar, vamos falar sobre as duas que os indivíduos menos diferenciam: medo e fobia. As diferenças podem ser pequenas a principio, mas já provocam uma mudança enorme no psicológico. Usarei então de simples exemplos para facilitar a compreensão.

 Medo de cobra: Tenho medo, mas consigo ir a um zoológico e ver todas as cobras que estão ali presentes, vejo filmes e vídeos que possuem esse animal, se acaso um dia me deparar com uma cobra, irei me afastar, e sair daquele local.

 Fobia a cobra: Tenho muito medo, não consigo nem ver cobras, nem mesmo em vídeos, minha mão começa a suar, choro, meu coração dispara, eu sinto muita falta de ar, se eu me deparar com uma cobra um dia acho que surto, eu prefiro morrer a ter que passar por essa situação, eu saiu de controle. 

Perceberam a gravidade em uma fobia? O indivíduo não consegue controlar suas respostas emocionais, quando se depara com o objeto fóbico, existe uma grande dificuldade em trazer a razão, pois o medo excessivo ocupa todos os pensamentos. Então não basta somente pedir para que o indivíduo se acalme, nem tão pouco ajudará dizer para ele que é uma bobagem, porque a fobia causa um enorme sofrimento para quem a tem. Então o aconselhável é compreender ao máximo, e amparar. Vale lembrar que para você alguns medos podem parecer banais, como o medo formiga, por exemplo, mas para quem tem a fobia não é, pois existe toda uma história aversiva por trás daquele medo excessivo, e não é fácil ter que conviver com os danos causados, então o respeito.

Por último, a diferença básica entre medo, fobia e pânico, pode ser compreendida através desse mesmo exemplo, observe:

 Medo de cobra: Tenho medo, mas consigo ir a um zoológico e ver todas as cobras que estão ali presentes, vejo filmes e vídeos que possuem esse animal, se acaso um dia me deparar com uma cobra, irei me afastar, e sair daquele local, 

 Fobia a cobra: Tenho muito medo, não consigo nem ver cobras, nem mesmo em vídeos, minha mão começa a suar, choro, meu coração dispara, eu sinto muita falta de ar, se eu me deparar com uma cobra um dia acho que surto, eu prefiro morrer a ter que passar por essa situação, eu saiu de controle. 

 Pânico relacionado a cobra: Tenho muito medo, se alguém me falar que tem uma cobra ali no quintal, nossa, eu desmaio sabe, quero sair daqui correndo, parece que meu coração vai sair do peito, e que eu nunca mais ficarei bem novamente, eu não consigo lidar com essa situação. 

Perceberam novamente?  Bom, o pânico não necessita basicamente que o objeto esteja presente, o indivíduo não precisa ver a cobra, só de ouvir alguém falar que tem uma cobra ali, ou imaginar que têm, as respostas emocionais se iniciam, e o sofrimento começa. De forma simplista essa é a diferença entre as três, e nenhuma é banal. Se você que está lendo tem uma fobia, ou possui essas respostas emocionais, mas sempre achou comum, saiba que há tratamento, pois esses aspectos atrapalham e muito a vida do indivíduo. 

O tratamento é feito pela psicoterapia, especificamente por Psicólogos Comportamentais e Comportamentais-Cognitivos. Então busque ajuda, pois a mudança é possível. Vale lembrar que o tratamento com psiquiatras reduz os sintomas de ansiedade, através do tratamento medicamentoso, contudo não trata a causa, ou seja, não se ‘’elimina’’ de forma adequada a fobia. 

É isso, eu fico por aqui, um grande abraço a todos, e até o próximo post.


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