Você já pensou em ser imortal?

Uma das grandes certezas que temos na vida é que inevitavelmente vamos morrer. Seja hoje, amanhã ou daqui 70 anos, essa é uma realidade que todos teremos que encarar algum dia. Ou não? Pois saiba que a ciência já está pensando numa maneira de reverter isso.


O que é a morte propriamente dita? Biologicamente falando a morte é a incapacidade do nosso corpo de produzir mais células saudáveis ao ponto de simplesmente ter uma pane. Isto se dá em grande parte por causa dos nossos telômeros, fragmentos da ponta dos nossos cromossomos que são responsáveis pela reprodução celular. A cada reprodução os telômeros ficam menores e nós envelhecemos. Entretanto uma descoberta feita nos anos 80, mas reconhecida somente agora pode nos dar uma luz a essa questão. As células do câncer se dividem sem sofrer danos devido a uma enzima, a telomerase, que reconstrói os telômeros. Estudos feitos na Espanha em ratos concluíram que ratos com mais telomerase viveram até 50% a mais que os demais, entretanto, apresentavam mais tumores a acabavam morrendo de câncer. Em 2008 um estudo conseguiu mitigar e controlar as células cancerígenas e com isso nos possibilita morrer entre 115 a 120 anos em média.


Embora possamos em tese acabar com envelhecimento ainda existem outras ameaças para combatermos. Acreditem se quiser, mas até mesmo respirar prejudica o nosso organismo. O oxigênio é um dos mais potentes radicais livres que danificam nossas células ao roubar elétrons das mesmas. É parecido com o que acontece aos metais com a ferrugem.  O nosso corpo possui uma defesa contra esse tipo de ação: a produção de antioxidantes. Contudo, com o passar do tempo essa produção cai e nos tornamos mais vulneráveis à ação desses oxidantes que vem do ar e até do alimento que ingerimos. O ideal seria que consumíssemos alimentos com moléculas resistentes aos radicais livres como é o caso de um tipo diferente de água, com fórmula química D2O ao invés de H2O. A contrário do hidrogênio, o Deutério tem uma ligação química mais forte com água que dificultaria o roubo de elétrons e impediria o dano celular.


Outras ideias para combater a morte estão em desenvolvimento, como o coquetel de células tronco que tomado periodicamente renovaria nosso estoque celular deficiente. Ainda existem pesquisas no ramo da biotecnologia para a utilização de nano robôs que fariam uma manutenção periódica no nosso organismo combatendo possíveis cânceres, destruir vírus, bactérias e limpando nossas artérias para impedir eventuais infartos e derrames, além de poder levar remédio diretamente em nossa corrente sanguínea. Somado a isso está a fabricação de órgãos artificiais que poderiam substituir órgãos danificados do mesmo jeito que as próteses substituem nossos membros perdidos. Um outro processo envolve o uso de células tronco para criar novos órgãos sem a probabilidade de haver rejeição no processo já que as células são do próprio indivíduo.


Acha tudo isso futurista demais? Então o que me diz de transferir todas as suas informações cerebrais para um software e depois armazená-las em um corpo clonado totalmente novo? Estudos na Universidade de Oxford já estão em andamento e prometem entre outras coisas aumentar nossa capacidade de memória e aprendizado, além de substituir funções cerebrais danificadas. Com um arsenal de transplante de células, nano robôs, softwares, e controle celular estamos a caminho da verdadeira imortalidade. Tanto é que os pesquisadores estimam que em 40 anos o conceito de expectativa de vida vai se tornar obsoleto. Já pensaram o que isso poderia nos ocasionar?


No ponto de vista social teríamos uma gama maior de profissões durante a vida, já que um indivíduo vivendo por 400, 500 anos procuraria ter mais formações acadêmicas, trabalhando na área por um número de anos e após isso procurando outra área de interesse. Algo muito difícil atualmente justamente pela falta de tempo hábil para tanto. Outro reflexo da imortalidade seria o aumento do número de casamentos e divórcios, fazendo com que a família do futuro seja muito maior e mais diversificada com um número maior de gerações convivendo juntas.

Do ponto de vista espiritual haveriam mudanças ainda mais significativas! As primeiras religiões foram criadas com base no medo da morte e na sua explicação para a mesma. Num mundo onde não há mortes a conexão religiosa desabaria e as igrejas e seus dogmas estariam relegados aos livros de história e museus.

Mas nem tudo são flores!

Por dia em média 150.000 pessoas morrem e dão lugar a outras que nascem todos os dias. Com o fim da morte, teríamos muito mais pessoas para alimentar, poluir, ocupar espaço e gastando recursos naturais. Dessa forma, planos de controle de natalidade como os da China deverão ser colocados em prática para evitar uma superpopulação planetária. Além disso o conceito de aposentadoria se tornaria completamente obsoleto visto que o sistema de previdência social não daria conta de sustentar tantos aposentados com capacidade de trabalhar. Por certo tiraríamos longos períodos de férias entre uma profissão e outra. Isso sem falar no aumento do número de suicídios por pessoas que simplesmente se cansaram de viver e praticamente morrem de tédio, levando a possível criação de um novo nicho de mercado: o suicídio regulamentado.
Já se imaginou viver 1000 anos? Deixe aqui nos comentários ou volte a falar comigo daqui 500 anos e vamos discutir o assunto!


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