Nosso fim, sem a minha parte
Te amar é topar entrar na montanha russa mesmo tendo medo, porque de algum modo sei que seguraria minha mão a cada curva. Não sei definir melhor, cada momento com você era sempre uma nova aventura, os filmes que nunca vimos totalmente, os falsos estudos que eram mais uma desculpa para estarmos juntos, afinal você não me ensinou matemática, e definitivamente não estudamos para prova alguma, e como resultado ficávamos para recuperação nas mesmas disciplinas no final.
Acho que amor é um pouco disso, mas o amor não assegura nada, e isso aconteceu com nós, porque tudo virou passado. Pensava antes que era impossível falar com alguém que antes conhecia tão bem, e ter a sensação de que aquela pessoa é estranha aos seus olhos, mas é possível sim, porque hoje nos falamos como se tivéssemos nos conhecendo outra vez, como se eu não soubesse nada sobre você, e nem você sobre mim.
E antes, bem antes o que estava em pauta eram os nomes dos nossos filhos e dos cachorros, quantos cômodos a casa teria, e sobre como seria aquela sala de música que você havia pensado exclusivamente para mim, você sempre fazia isso, pensava em mim. E comigo não era diferente, acho que até exagerei, acabei te colocando em um pedestal onde pensava que eu achava que nada era errado, e sei que era, sabia dos teus defeitos, mas não me incomodava porque era parte de você, a questão é que você também exagerou.
Exagerou quando ultrapassou seus limites tentando ser O melhor, e quando não se achava já apontava centenas de pessoas que poderiam ser opções melhores. Mas você não entende? Você era a opção melhor, mais do que suficiente para mim, tudo que eu queria, que eu pensava. Se os planos existiam eram por sua causa, se a felicidade aparecia com apenas uma mensagem era por sua causa, sempre foi, mas você não entendeu.
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