Tanque cheio não faz amor pra vida toda
TEXTO - LARA PEREIRA
Eu conheci ele.
Eu conheci um amor.
É como naquela música "stereo hearts" - 'eu achei que o amor estava morto mas agora você mudou a minha mente...'
É. Pois é.
Eu o amei desde a primeira vez que o vi.
Nós saímos e conversamos sobre várias coisas. Eu, desastrada como sempre, derrubei cerveja nele. Ele? Ele sorriu e (minha nossa) que sorriso lindo! Naquele momento eu tive certeza de que queria ver aquele sorriso o resto dos meus dias e que faria o possível e o impossível para manter aquele sorriso ali.
Acreditando ter sido um desastre (sim, sou insegura), achei melhor não criar expectativas de um segundo encontro mas... pasmem: eu recebi um lindo "bom dia" no dia seguinte. Ahhh se vocês soubessem... Não teria maneira melhor de começar o dia.
Cada palavra enchia meu coração de alegria. Me motivava e me dava energia. Era felicidade. Era uma espécie de combustível para o meu corpo e eu estava de "tanque cheio" ou melhor, eu estava COMPLETA.
Os dias foram se passando e nos vimos mais algumas vezes, mas cada uma delas era como se fosse a primeira.
Conheci sua família. Um amor de família.
Em uma conversa aleatória descobri que ele tinha comentado de mim para um amigo dele. Acho que fiquei tão feliz que meu peito chegou a doer..
Os dias foram se passando e a frequência das conversas foi diminuindo.
Os elogios cessaram.
As brincadeiras também.
A saudade apertava mas aparentemente não era recíproco.
Até que começou a me ignorar.
Pra variar.
Está tudo bem? Sim.
Tem certeza? Sim.
Mas não estava nada bem.
Não estava como antes e eu nem sabia o motivo. Eu não tinha uma razão e nem ganhei uma explicação.
Fui um nada pra quem era meu tudo.
Fui só mais um tijolo na construção do seu muro.
Eu fui a base para que você colocasse outra pessoa no topo.
Outra mulher.
E rápido.
Antes do adeus.
Mas nem isso, nem sequer um "adeus" eu ganhei.
E sem motivos
Esse texto acaba aqui
Igual o quase amor que eu conheci.
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