Sinto falta de calor neste inverno que é a vida.
Tenho sentido falta de calor. Não aquele calor de beijos
ardentes, corpo a corpo, muito menos sexo. Aquele calor de “oi, como você tá?
Eu senti sua falta”, do sorriso bobo, daquele olhar nos olhos e do olhar que
quer dizer alguma coisa que só você entende. Sabe aquele “boa noite”? Então, é
disse calor que sinto falta. Do calor do entrelaçar dos dedos, do entrelaçar
dos braços em abraços apertados, do carinho na nuca, do beijar a testa, do “te
gosto” sussurrado quando tudo fica em silêncio.
Faz muita falta aquele “eu tô aqui por você” “vou te ajudar
sempre” “tem certeza que tá bem?”. Aquele calor de quem se importa com a gente,
de quem quer nosso bem e vai nos ajudar sempre que precisarmos, é disso que eu
falo quando me refiro a calor. Sexo é calor? Claro que é, mas isso você pode
achar por aí, existem prostitutas, as que você paga e até aquelas que te oferecem
prazer de graça, porém esse é um calor vazio e o que eu quero mesmo é aquele
calor cheio, o tal do “vamos fazer amo?”.
Calor de querer estar perto, de querer proteger, de beijar,
mas, não beijar por beijar, beijar de verdade, aquele beijo que ao invés de
tocar apenas lábios toca a alma também. Sabe esse calor que é quase impossível
encontrar por aí? O calor que aquece nos dias frios e trás brisa nos dias
quentes. Aquele calor de amor, de amar e ser amado de volta, esse
que se encontra uma única vez no meio de tantos abraços frios e beijos sem vida. Aquele que a gente encontra quando se cansa, quando para de procurar e então "pluft" ele aparece na sua frente, aquece a sua alma, põe um sorriso bobo no seu rosto, derrete seu coração que cansou de tanto apanhar e tornou-se gelo... É esse calor que faz falta durante o inverno que é a vida.
Camila Leal, Colunista.
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