Um sequestro quase perfeito
Eu não
tinha informações nenhuma deles, não sabia quem eram. Só estava
eu, minha pistola e 3 criminosos, não dou conta dos três e também
não posso arriscar. A discussão começou a aumentar e de repente
uma delas pega e acerta um taco de baseball na cabeça do cara,
fazebndo-o desmaiar, elas se entreolharam por um tempo e começaram a
rir. Logo em seguida, as duas começaram a conversar sobre a
possibilidade de levar essa criança, discutiram cerca de 5 minutos,
pegaram a criança no colo e desceram em direção a recepção,
precisava avisar Marcia e os outros, elas iam dar de cara com eles e
iam mata-los. Mas, cade essa polícia que não chega? Pensei em ligar
no telefone da recepção, elas iam ouvir e saberiam que tinha gente
também.
Liguei
no celular de Marcia, consegui explicar a situação muito bem
resumida e pedi que se escondessem, perguntei pela polícia, ela me
disse que o posto policial mais próximo, era 200km. Já passava das
quatro horas da manhã. Me aproximei do cara desmaiado, chequei sua
respiração e estava vivo, mas muito bem apagado, essa mulher devia
ter uma mão muito pesada. Peguei seus documentos, o nome dele era
Maicon Souza Santos, 29 anos, e brasileiro, legal, mais um brasileiro
metido em merda no estrangeiro. Chequei mais uma vez seu corpo e só
havia uma pistola.
Olhei
pela janela, as duas mulheres levaram a criança para um carro,
colocaram no banco de trás e fecharam a porta, depois voltaram
sentido a recepção. Maicon esboçou uma reação, estava acordando
de novo, corri para o banheiro e me escondi lá. Ele levantou muito
rápido e saiu procurando alguma coisa, estava bastante tonto, dava
para perceber em seu andar, sua cabeça bem confusa, devia estar
procurando a criança, talvez?
Cinco
minutos depois desceu em direção a recepção. Corri para o quarto
e fiquei olhando pela janela, não via nada, nem sinal de polícia,
filhos da puta! Pelo menos a polícia na Inglaterra é bem mais
eficiente, não demoram nem 15 minutos para chegar no local, não
importa onde! Eu não posso fazer nada ainda, preciso de reforços.
Saí
do quarto em sentido a recepção também, podia ouvir barulho de
conversa entre eles. Maicon parecia bastante irritado com a atitude
de uma das moças em bater na cabeça dele com um taco e foi na
direção do carro. Ao ver a criança no banco de trás soltou uma
gargalhada de alívio, dizendo que essa criança não merece ficar
sozinha no meio dessa chacina toda, que não tinha sobrado ninguém
vivo.
Entrei
em choque, ninguém vivo? Marcia devia estar escondida, certeza. Mas
quantas pessoas eles mataram? Pensei que agora eu deveria agir já
que estou sem saída e sem reforços e não posso deixar isso
acontecer, eles não podem levar essa criança daqui. Resolvi andar
em direção a porta para fora do hotel, ouço barulhos de sirenes
bem alto, ótimo, é a polícia, e voltei para me esconder novamente.
Conto enviado pelo leitor João Pedro Sanches
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