Me namoraria mil e uma vezes.
Queria dedicar esse texto a mim, me dizer que sou linda e
amo cada detalhe do meu ser. Amo as voltas que meu cabelo dá, minha pele morena
e todas as curvas do meu corpo “não atlético”, que amo minha boca e aquele
buraquinho que fica no meu queixo quando sorrio. Queria me dizer ainda, que
acho minha lerdeza um charme e minha falta de qualquer atributo “sexy” muito
atraente.
Gostaria de me dizer também que isso, de me amar tanto, é
sofucantemente maravilhoso. Que não preciso de alguém que me lembre todos os
dias o quanto sou linda, porque me olho no espelho e me sinto linda.
Queria me dizer que gostar de transar jamais vai me fazer
puta ou uma mulher fácil, muito pelo contrário me faz ser muito mais feliz,
pois me permito ser no meio de tanta gente que se priva por medo dos preceitos
e preconceitos que a sociedade nos impõe. Sinto orgulho de
mim mesma por amar homens e mulheres, por me aceitar do jeitinho que sou e
por nunca ter me escondido ou ter tido medo de apontarem dedos na minha
cara.
Por fim, queria me dizer para continuar sendo assim, tão mulher, para nunca abrir mão da minha felicidade por quem quer que seja e para continuar sempre indo atrás daquilo que acredito ser o certo. E bem, se eu não fosse eu, namoraria mil e uma vezes comigo.
PS.: Texto inspirado em um spotted enviado para a página de spotteds da UFC.
Colunista, Camila Leal.
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