Pode vir comigo, é melhor a dois.


”A vontade de fumar um ou dois cigarros, para entrar na dança dos loucos com o coração partido, me vestindo da fumaça, e do vento propiciando a melodia acusticamente sonora da dor e solidão. Ganhando com exaustão tua ausência, no xadrez da vida que me tira várias peças, para pregar novamente sua ironia de viver, quebrando-me ao meio, como se faz á medidas erradas, dando um colorido a mais, para que a dor vire arte, e a arte veja a dor que é possuir o amor, que é escrever-te antes que as luzes se apaguem e as cortinas se fechem, pois outrora você me da vontade de escrever, e assim aliviar o peso de viver a sós, a nós, a dois.”

Esse foi o ”poema” que escrevi para você antes de dormir, sei que parece um amontoado de palavras bonitas, e é mesmo, pois no fim falei muito e não disse nada, costumo fazer isso às vezes, falar um monte, antes que você me deixei sem palavras, porque é isso que você faz. Sabe, eu vou perdendo um pouco a noção dos meus sentidos quando te vejo, pois começo a disfarçar que só sei te olhar, e que guardo cada expressão sua na memória como um tesouro, pois me ganhou, e hoje quem escreve, quem me faz ter vontade de escrever é você. 

Aquele nosso papo de filhos? Eu aceito… Eu sei que recusei seu pedido de casamento algumas vezes, mas isso é só marra, porque você sabe que sempre tive medo de me ter preso a alguém, e quando chegou tudo isso aflorou, me fez pagar língua, ou sei lá como quiser chamar isso, só não me arrependo nem um pouco de ter dado uma chance para nós, porque inúmeras vezes disse que não era o certo para você, mas você me contestou em todas elas e obrigado por isso, porque nunca senti na minha vida algo assim e isso me faz tão feliz de uma forma imensurável, que só me faz ter mesmo certeza de que somos melhores juntos. Eu não sei ficar sem você, não quero ficar sem você, e sei que sente a mesma coisa, então vem, pode vir comigo.


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