O ex inesquecível.
Um dia meu melhor amigo me disse que o bom não é ser um namorado perfeito, e sim um ex inesquecível. Sou inesquecível para todas as minhas exs, um inesquecível filho da puta.
E não tem nada a ver com traição, sei que é a primeira coisa que deve ter pensando, mas garanto que existem outras inúmeras formas de praticar a “filhadaputagem”. Já experimentou, por exemplo, não dar atenção a sua mulher?
Eu poderia dizer para você nem se arriscar a experimentar, mas provavelmente já deve ter efetuado essa ação, e a consequência não é nada agradável, claro. Mas, é isso, não dei atenção.
Eu fui tão filho da puta quanto poderia ser, quando ela queria tagarelar e eu só queria beijá-la, ela queria um jantar romântico, e meu jeito grosseiro estragava todas as expectativas.
Sei que agora estou falando de uma ex, mas quero dizer que meu jeito estragou com tudo, todas as vezes, e sem querer segui o conselho do meu melhor amigo.
Acabei sendo o ex inesquecível, o que vai ser lembrado por não se lembrar das datas importantes, por não retribuir os presentes ganhados, não entregar as cartas que escreveu, e até em outra instância, ser o cara que só pensa em sexo.
Ah, se todas elas soubessem que o que eu queria mesmo era ser o namorado perfeito, não o ex. E provavelmente elas diriam que não fiz nada para isso, sem saber que tentei mudar para melhor mil vezes, que fiz coisas que nunca se passaram sequer pela minha cabeça, que chorei na calada da noite como aqueles poetas, mesmo que eu seja escritor mesmo é de boteco.
E por fim, se soubessem, que eu amava mais que demonstrava e que por medo transparecia o oposto, eu seria lembrado da forma mais bonita, lembrado por amor.
0 comentários